*Somos um grupo de ajuda mútua que busca através do compartilhamento de informações, experiências pessoais e conhecimentos; o fortalecimento pessoal e o resgate da dignidade e da cidadania.
Lutamos contra o processo de vitimização a que muitos se sujeitam, contra a discriminação e o preconceito. Assumindo um papel ativo na luta contra a AIDS.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dia Mundial de Luta Contra Aids - Dezembro 2012


Carta das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS do Rio de Janeiro – RJ 

            O movimento de Pessoas Vivendo com HIV/Aids do Estado do Rio de Janeiro, reunidos na cidade de Volta Redonda, entre os dias 29 a 31 de Outubro de 2012, constituído por Homens, Mulheres, Jovens, Travestis, Transexual, Gays, discutindo as questões que nos afeta diretamente durante todas nossas vidas após o diagnóstico positivo para o HIV, traz algumas reflexões que nos inquietam.
O protagonismo das Pessoas Vivendo com HIV/Aids na construção das políticas públicas voltadas para a epidemia, sempre foi premissa do ativismo no BRASIL, com isso:

- Reafirmamos que esta Política hoje não atende na sua totalidade todas as questões de viver com HIV/AIDS;
- Reafirmamos que há uma falha enorme nos trabalhos de Prevenção que hoje não conseguem atender os públicos de maior risco, vulnerabilidade e de maior incidência ao diagnóstico positivo do HIV;
- Reafirmamos que LEIS em vigor, não garantem a execução dos serviços, podemos citar: Portaria da lipodistrofia (Portaria Conjunta SAS/SVS nº 01 e Portaria SAS nº04 de 20.01.2009); Portarias do Vale Social e muitas outras; Decretos e Leis hoje em vigência que poderiam garantir uma melhor qualidade de vida a todas as Pessoas Vivendo com HIV/Aids.
- Reafirmamos que existe um descaso total dos Governos Federal, Municipais e Estaduais, para garantir e que garanta a política de execução na sua integralidade;
- Reafirmamos que a falta de qualificação dos Profissionais de saúde no acolhimento, tratamento e assistência das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS é URGENTE. Estamos sendo tratados como no início da epidemia, tendo o preconceito e o estigma social como os maiores deles.
- Reafirmamos que toda essa tensão de não saber o dia de amanhã, esta afetando diretamente a qualidade de vida das Pessoas Vivendo com HIV/Aids;
- Reafirmamos que nós Pessoas Vivendo com HIV/Aids, nestes 30 anos de epidemia, fomos esquecidos por diversas áreas governamentais, como: ausência de requalificação profissional, violação e garantia dos direitos humanos, direito à educação, dentre outros.

- Reafirmamos que a política da cronificação do HIV/Aids, não condiz com o dia a dia de viver com HIV/Aids, os efeitos do HIV, do tratamento só nos tornam ainda mais depende do sistema de saúde público.
Perguntamos?

Até quando o sistema de saúde (SUS), nos seus princípios básicos não será cumprido na sua INTEGRALIDADE, EQUIDADE E UNIVERSILIDADE.

 QUEREMOS UMA BASTA NESTA POLÍTICA DE “DA COM UMA MÃO, E TIRA COM OUTRA”.